Levante recorda que outros países que sediaram os jogos da Copa choram pelas vítimas dos pedófilos
O fato de Cuiabá se incluir entre as cidades sedes dos jogos da Copa 2014 é motivo de comemoração apenas parcial, afirmou hoje (16-12) o vereador Adilson Levante, PSB. Isso porque este evento esportivo também atrairá criminosos de alta periculosidade. Pedófilos e traficantes de órgãos humanos se incluem nessa lista, alertou.
Segundo Levante, é imprescindível que ações preventivas sejam deflagradas imediatamente por todos os órgãos de segurança da capital/Estado (Polícias Militar/Civil, Exército e Guarda Municipal), com participação efetiva dos Conselhos Tutelares, delegacias e Vara Especializada da Infância e Adolescência. Uma reunião geral com todas essas instituições pode ser o passo decisivo para garantir maior segurança aos inocentes - instruiu.
“No que depender da Câmara de Cuiabá, podem contar conosco. Esse é um tema que tem sido debatido neste Parlamento já há algum tempo. Não se justifica que ações resolutivas não tenham sido ainda operacionalizadas para debelar a facilidade com que os bandidos agem no município, inclusive na área distrital. Crianças de 12 anos já são mães na Guia”.
O parlamentar sugeriu que seja instituída uma programação reforçada de defesa vigilante das crianças/adolescentes nos quatro cantos do município, devidamente estruturada com equipes treinadas e equipamento técnico. Por enquanto, lamenta, inexiste, na prática, qualquer projeto focado em resguardar a integridade física desses inocentes.
“Proteger nossas crianças/adolescentes jamais deveria ser uma ação restrita à realização de grandes eventos, a exemplo da Copa do Mundo. Isso deveria ser feito continuamente. Ainda que os jogos não tenham sucedido, que a massa de turistas e criminosos não tenha aportado ainda na capital, crimes de natureza pedófila se tornaram comuns no dia a dia do município e restante do Estado”.
E independentemente do legado de empreendimentos estruturais que uma Copa sempre deixa às cidades escolhidas – sublinhou -, esse certame mundial também tem deixado legados preocupantes, do ponto de vista social, e aí se incluem a série de ações criminosas dos pedófilos.
“Crianças e adolescentes costumam ser aliciadas durante os jogos da Copa para se prostituírem em outros países. Ou simplesmente são raptadas com essa finalidade e/ou assassinadas para retirada dos órgãos. Muitos países que sediaram o Mundial registraram acréscimo espantoso de sequestros de crianças e adolescentes. Ainda hoje, anos depois da realização da Copa, as autoridades locais procuram pelos desaparecidos, enquanto suas famílias choram angustiadas tais perdas”.
Levante insiste assim para que as autoridades de segurança formem, em regime de urgência, uma cruzada reforçada de vigilância, a fim de impedir a livre ação dos criminosos.
“Seria uma cruzada específica contra a pedofilia e traficantes de órgãos. Montar um esquema de defesa permanente para os inocentes é fundamental. As autoridades podem infiltrar centenas de policiais à paisana em meio à multidão, foco de ação dos bandidos, com câmaras monitorando a movimentação. Enfim, faz-se necessário triplicar a vigilância para não propiciar condições aos criminosos de concluírem seus planos”.
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Criada em 2009 por um grupo de cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito, a organização surgiu a partir de pesquisas e projetos sociais voltados para o combate à pornografia infantil. O Portal Todos Contra a Pedofilia atua em quatro frentes: defesa e responsabilização; prevenção, capacitação e formação; pesquisa e desenvolvimento; e mobilização social.
"Promovemos e desenvolvemos os direitos humanos na sociedade da informação", pontuou o Diretor do Portal, professor João Batista de Oliveira, considerado como o maior ativista na luta contra a exploração sexual e pedofilia em Cuiabá.
Para prevenir ocorrências com crianças e adolescentes na Internet, ele destacou que não é necessário saber utilizar todos os equipamentos e recursos tecnológicos disponíveis atualmente, tendo em vista que a tecnologia avança muito rapidamente. Mas é fundamental compreender como o público infantojuvenil acessa a informação e como interage com essas tecnologias.
"Não precisamos entender todos os dispositivos para falar de direitos humanos. A Internet é uma rede de informação, mas é uma rede de pessoas, e quando pensamos nisso o foco na segurança da Internet são as pessoas", afirmou, explicando que o foco da prevenção não deve ser o equipamento, mas quem e como o utiliza.
Além disso, o Portal Todos Contra a Pedofilia desenvolve tecnologias para prevenção e repressão de crimes pela Internet. "São softwares e ferramentas disponibilizados às autoridades brasileiras. É tecnologia produzida com interesse público. No nosso ponto de vista, isso é um dever, para que a sociedade possa se beneficiar desses recursos", explicou João Batista.
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